segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Respostas para o Livro de Tecnologia do Concreto de A.M. NEVILLE / J.J. BROOKS Capítulo 05


ESSAS RESPOSTAS FORAM RETIRADAS DO LIVRO TECNOLOGIA DO CONCRETO (2ª edição) DOS AUTORES A. M. NEVILLE & J. J. BROOKS. LEMBRANDO QUE QUANDO EU QUERO DIZER RETIRADAS, QUERO DIZER QUE FORAM COPIADAS DO LIVRO. A MIM(LEONARDO MADEIRA) COUBE APENAS O TRABALHO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E DE PROCURA DAS RESPOSTAS; PORTANTO, TAIS RESPOSTAS PODEM SER AINDA COMPLEMENTADAS.


5.3 Para quais misturas o abatimento de tronco de cone não é um bom ensaio?
Resp.= Em misturas pobres com tendência à aspereza, um abatimento verdadeiro pode  facilmente se tornar cisalhado ou mesmo desmoronar (Figura 5.2), e valores com grandes variações podem ser obtidos em diferentes amostras da mesma mistura; portanto, o ensaio de abatimento de tronco de cone não é apropriado a misturas pobres.

5.5 O que se entende por consistência de uma mistura?
Resp.= Um termo que pode ser utilizado para descrever o estado do concreto fresco é denominado consistência, que é a resistência da forma de uma substância ou a facilidade com que ela flui. No caso do concreto, a consistência é algumas vezes tomada como uma medida do grau de umidade, pois, dentro de certos limites, concretos com maior quantidade de água são mais trabalháveis que concretos secos. Entretanto, concretos de mesma consistência podem apresentar trabalhabilidades variáveis.

5.6 Qual é a relação entre coesão e segregação?
Resp.= Nas considerações sobre trabalhabilidade do concreto, foi destacado que ele não deve segregar, ou seja, deve ser coeso: é essencial que não ocorra segregação para que seja possível obter um adensamento máximo. A segregação pode ser definida como a separação dos constituintes de uma mistura heterogênea de modo que sua distribuição não seja mais uniforme.

5.7 O que se entende por segregação de uma mistura de concreto?
Resp.= No caso do concreto, é a diferença entre as dimensões das partículas (e em algumas vezes a diferença entre a massa específica dos constituintes da mistura) que é a causa principal da segregação, mas sua amplitude pode ser controlada pela escolha de granulometrias adequadas e cuidado no manuseio.
Existem duas formas de segregação. Na primeira, as partículas maiores tendem a se separar já que elas deslizam em superfícies inclinadas ou se assentam mais que partículas finas.
A segunda forma de segregação, que ocorre principalmente em misturas com excesso de água, é manifestada pela separação da pasta (cimento e água) da mistura. 
Com algumas granulometrias, quando uma mistura pobre é utilizada, a primeira segregação ocorre se a mistura é muito seca, mas quando a mistura se torna muito úmida, pode ocorrer a segunda forma de segregação.

5.8 O que se entende por exsudação do concreto?
Resp.= A exsudação é uma forma de segregação na qual parte da água da mistura tende a migrar para a superfície do concreto recém-lançado. Isso é causado pela incapacidade dos constituintes sólidos da mistura em reter toda a água de amassamento quando eles se assentam em direção ao fundo. A exsudação pode ser expressa quantitativamente como o assentamento total (redução na altura) por unidade de altura do concreto e a capacidade de exsudação, bem como a velocidade de exsudação, podem ser determinadas experimentalmente pelo ensaio da ASTM C232-04. Quando a pasta de cimento apresenta um enrijecimento suficiente, a exsudação para de ocorrer.
No Brasil a determinação da exsudação em concreto é normalizada pela NBR 15558:2008.

5.9 Dê exemplos de misturas com o mesmo abatimento, mas diferentes trabalhabilidades.
Resp.= Misturas com diferentes agregados, mas com o mesmo abatimento, podem indicar diferentes trabalhabilidades, i.e., de fato o abatimento não tem nenhuma relação com a definição de trabalhabilidade apresentada.

5.10 Qual é a importância da exsudação em uma construção onde a concretagem é executada em diversas camadas?
Resp.= Como resultado da exsudação, o topo de qualquer camada de concreto lançada pode ter excesso de água e, caso a água seja aprisionada pelo concreto sobreposto, o resultado será uma camada de concreto porosa, fraca e não durável. Caso a água de exsudação seja remisturada durante o acabamento superficial, será formada uma superfície de baixa resistência ao desgaste. Isso pode ser evitado pelo retardo das operações de acabamento até que a água de exsudação tenha evaporado, usando desempenadeiras de madeira e evitando o excesso de trabalho na superfície. Por outro lado, se a evaporação da água da superfície do concreto é mais rápida que a velocidade de exsudação, pode ocorrer a fissuração por retração plástica (ver página 251).

5.11 Quais são os fatores que afetam a trabalhabilidade do concreto?
Resp.= A trabalhabilidade depende de vários fatores que interagem: a quantidade de água, o tipo de a granulometria dos agregados, a relação agregado/cimento, a presença de aditivos (ver Capítulo 8) e a finura do cimento. Outros dois fatores que podem ser considerados importantes como fatores que afetam a trabalhabilidade são o tempo e a temperatura.

5.13 Discuta as vantagens e desvantagens do ensaio Vebe.
Resp.= A dificuldade em estabelecer o final do ensaio, devido ao julgamento visual, pode ser uma fonte de erros. Para superar essa dificuldade, um equipamento de operação automática para registrar o movimento da placa em relação ao tempo pode ser ajustado, mas não é um procedimento normalizado. O Vebe é um bom ensaio de laboratório, em especial para misturas muito secas, diferenciando-se do fator de ensaio de compactação, no qual um erro pode ser introduzido pela tendência de algumas misturas secas aderirem aos funis. O ensaio Vebe tem como vantagem adicional o fato do manuseio do concreto durante o ensaio ser bastante aproximado aos métodos de lançamento na prática.

5.18 Quais são as exigências de trabalhabilidade para concreto em estruturas com alta taxa de armadura?
Resp.= De acordo com a Tabela 5.1 (página 85); para seções com congestionamento de armaduras, usualmente de vibração inviável, o grau de trabalhabilidade, de ser alto, o abatimento de tronco de cone (mm) deve estar no intervalo 100 - 175 mm e o fator de compactação deve ser de 0,95.

5.21 O que se entende por concreto pobre?
Resp.= É considerado como concreto pobre a mistura com elevadas relações agregado/cimento (em geral inferior a 10) e deve ser distinguida de concreto magro para lastro. Este é utilizado em obras de rodovias, deve possuir uma relação agregado/cimento próxima a 20 e é apropriado para a compactação com rolos (ver capítulo 20). Também utiliza-se a expressão concreto magro para misturas com baixo consumo de cimento.

5.26 Por que a trabalhabilidade diminui com o tempo?
Resp.= O concreto fresco enrijece com o tempo, mas isso não deve ser confundido com a pega do cimento. Trata-se simplesmente da absorção de parte da água pelos agregados, perda por evaporação (principalmente se o concreto for exposto ao sol e/ou vento) e remoção de parte da água pelas reações químicas iniciais. O enrijecimento do concreto é medido de maneira eficiente pela perda de trabalhabilidade com o tempo, conhecida como perda de abatimento que varia com a riqueza da mistura, o tipo de cimento, a temperatura do concreto e a trabalhabilidade inicial.

5.27 Defina trabalhabilidade do concreto.
Resp.= Rigorosamente falando, a trabalhabilidade pode ser definida como a quantidade de trabalho interno útil necessário à obtenção do adensamento total. O trabalho interno útil é uma propriedade física inerente do concreto e é o trabalho ou energia exigida para vencer o atrito interno entre as partículas individuais do concreto. Entretanto, na prática é necessária energia adicional para vencer o atrito superficial entre o concreto e as formas ou as armaduras. Também é desperdiçada energia pela vibração das formas e pela vibração do concreto já adensado. Portanto, na prática é difícil medir a trabalhabilidade conforme a definição e o que se avalia é a trabalhabilidade resultante do método específico adotado.

5.28 Como é medido o fator de compactação?
Resp.= O grau de adensamento, denominado fator de compactação, é medido pela relação entre a massa específica real, obtida no ensaio, e a massa específica do mesmo concreto totalmente adensado.

5.30 Um concreto tem as seguintes proporções, em massa: 1:1,8:4,5, em massa, tem relação água/cimento igual a 0,6. Calcule o consumo de cimento no concreto, sabendo que sua massa específica compactada é 2400 kg/m^3?
Resp.= Por meio da Equação 5.3 (página 93), o consumo de cimento por metro cúbico de concreto pode ser calculado como:
C= yc/(1+a+p+a/c) (kg/m^3)
onde:
a = relação agregado miúdo seco/cimento em massa, (kg/kg);
p = relação agregado graúdo seco/cimento em massa, (kg/kg) e
a/c = relação água/cimento em massa, (kg/kg).
Logo,
C= 2400/(1+1,8/1+4,5/1+0,6)=304 kg/m^3


Respostas para o Livro de Tecnologia do Concreto de A.M. NEVILLE / J.J. BROOKS Capítulo 08

ESSAS RESPOSTAS FORAM RETIRADAS DO LIVRO TECNOLOGIA DO CONCRETO DOS AUTORES A. M. NEVILLE & J. J. BROOKS. LEMBRANDO QUE QUANDO EU QUERO DIZER RETIRADAS, QUERO DIZER QUE FORAM COPIADAS DO LIVRO. A MIM(LEONARDO MADEIRA) COUBE APENAS O TRABALHO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E DE PROCURA DAS RESPOSTAS; PORTANTO, TAIS RESPOSTAS PODEM SER AINDA COMPLEMENTADAS.


8.2 Quais são os principais tipos de aditivos?
Resp.= Os aditivos químicos são essencialmente, os redutores de água (plastificantes), retardadores de pega e aceleradores, classificados pela ASTM C494-01a, respectivamente, como Tipo A, B e C. A classificação dos aditivos pela BS 5075-1:1982 é praticamente a mesma, mas a BS EN 934-2:2001 abrange mais tipos de aditivos. A norma brasileira em vigor, NBR 11768:2011, estabelece os seguintes tipos de aditivos para concreto: redutor de água/plastificante (PR, PA, PN); alta redução de água/superplastificante Tipo I (SP-IR, SP-IA, SP-IN); alta redução de água/superplastificante Tipo II (SP-IIR, SP-IIA, SP-IIN); incorporador de ar (IA); acelerador de pega (AP); acelerador de resistência (AR) e retardador de pega (RP). As letras R, A e N nos redutores de água classificam esses aditivos em relação à influência no tempo de pega, sendo respectivamente Retardador, Acelerador e Neutro ou Normal.

8.3 Qual é a diferença entre uma adição e um aditivo?
Resp.= No Brasil, o termo adição é utilizado para os produtos, em geral, em forma de pó, adicionados tanto ao cimento, quanto ao concreto, também conhecidos como adições minerais, ou simplesmente adições. O uso de adições em cimento foi abordado no Capítulo 2. Os aditivos para cimento são produtos adicionados ao moinho, juntamente com o clínquer Portland e demais materiais, para melhorar as condições de moagem. A NBR 11768:2011 define aditivo como o produto que, adicionado durante o processo de preparação do concreto, em quantidade máxima de 5% da massa de material cimentício, modifica suas propriedades no estado fresco e/ou endurecido. Não são considerados nesta definição os pigmentos orgânicos destinados à produção de concreto colorido.
No original: additive ou admixture, são frequentemente usados como sinônimos, embora, estritamente falando, adição refere-se à substância que é adicionada na etapa de produção do cimento, enquanto aditivo implica na adição na etapa de mistura.

8.4 Qual cimento não deve ser utilizado com cloreto de cálcio?
Resp.= O cloreto de cálcio pode ser adicionado ao cimento de alta resistência inicial (Tipo III ASTM), bem como ao cimento Portland comum (Tipo I ASTM), e quanto maior a velocidade normal de endurecimento do cimento, maior é o efeito do acelerador. O cloreto de cálcio, entretanto, não deve ser utilizado com cimento de alto teor de alumina.    

8.6 Dê um exemplo de: (i) um acelerador e (ii) um aditivo acelerador de pega.
Resp.= (i) Cloreto de cálcio; (ii) Carbonato de sódio.

8.9 Quais são os usos dos plastificantes?
Resp.= Estes aditivos são utilizados para três propósitos: 
(i) para obter uma resistência mais elevada pela redução da relação água/cimento para a mesma trabalhabilidade de uma mistura sem aditivo;
(ii) para obter a mesma trabalhabilidade pela redução do teor de cimento, bem como para reduzir o calor de hidratação em concreto massa;
(iii) para aumentar a trabalhabilidade de modo a facilitar o lançamento em locais inacessíveis.

8.10 Explique os mecanismos de ação do retardadores.
Resp.= A ação de retardo é obtida pela adição de açúcar, derivados de carboidratos, sais solúveis de zinco, boratos solúveis e outros.
Quando utilizado de maneira cuidadosamente controlada, cerca de 0,05% de açúcar em relação à massa de cimento irá atrasar o tempo de pega por cerca de 4 horas. Entretanto, o efeito exato do açúcar; na verdade, para qualquer retardador, deve ser determinado seu desempenho por misturas experimentais com o cimento a ser utilizado na construção. Uma grande quantidade de açúcar, por exemplo, 0,2 a 1% da massa de cimento, irá efetivamente impedir a pega do cimento, uma característica útil em caso de mau funcionamento da betoneira.
O tempo de pega do concreto é aumentado pelo atraso provocado pela adição do retardador à mistura. O aumento do retardo ocorre especialmente com cimento com alto teor de C3A, uma vez que parte do C3A se hidrata e não absorve o aditivo, estando, então, disponível para a ação com os silicatos de cálcio. O mecanismo de retardo não é bem conhecido. Os aditivos modificam o crescimento dos cristais o a morfologia, de modo que existe uma barreira mais eficiente à continuidade da hidratação do que sem retardador. Eventualmente o retardador é removido da solução pela incorporação ao material hidratado, mas a composição ou os tipos de produtos da hidratação não mudam.
Comparado com um concreto sem aditivo, o uso de aditivos retardadores diminui a resistência inicial, mas posteriormente a taxa de desenvolvimento da resistência é maior, de modo que a resistência final não é muito diferente. Os retardadores também tendem a aumentar a retração plástica devido ao prolongamento do estado plástico, mas a retração por secagem não é afetada.

















quarta-feira, 15 de julho de 2015

Livro sobre a Transformada Discreta de Fourier

Abaixo segue o link de um livro publicado através do projeto "Livro Eletrônico" do CNPQ.
Clique aqui para visualizar o livro
O Projeto Livro Eletrônico foi concebido com o intuito de disseminar o conhecimento por meio da publicação de obras científicas, tecnológicas e de inovação em formato eletrônico. Atualmente, o projeto encontra-se desativado, não sendo possível a publicação de novos livros.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Respostas para o Livro de Tecnologia do Concreto de A.M. NEVILLE / J.J. BROOKS Capítulo 04

ESSAS RESPOSTAS FORAM RETIRADAS DO LIVRO TECNOLOGIA DO CONCRETO DOS AUTORES A. M. NEVILLE & J. J. BROOKS. LEMBRANDO QUE QUANDO EU QUERO DIZER RETIRADAS, QUERO DIZER QUE FORAM COPIADAS DO LIVRO. A MIM(LEONARDO MADEIRA) COUBE APENAS O TRABALHO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E DE PROCURA DAS RESPOSTAS.


4.2 Como o teor de sólidos na água é expresso?
Resp.: O teor de sólidos na água é expresso em ppm (partes por milhão) que, nesse contexto, é o mesmo que mg/L (miligramas por litro).

4.3 Especifique a água para ser utilizada como água de amassamento do concreto.
Resp.: A NBR 15900-1:2009 estabelece os requisitos para a água ser adequada ao preparo do concreto. Segundo essa norma, em função do tipo de água, é possível verificar se ela é adequada ao uso em concreto. A água de abastecimento público é considerada adequada, sem a necessidade de ensaios. A água de fontes subterrâneas, natural de superfície, captação pluvial e residual industrial pode ser utilizada, desde que ensaiada. A água salobra somente pode ser utilizada em concreto simples. A água de esgoto e a proveniente de esgoto não tratado são adequadas para uso em concreto. A água recuperada de processos de preparo de concreto pode ser utilizada, desde que atenda a uma série de critérios estabelecidos pela norma. Essa norma estabelece, entre outros, requisitos em relação à presença de óleos, matéria orgânica, odor, etc. Em relação às propriedades químicas, limita o teor de cloretos, sulfatos e álcalis aos mesmos valores da BS EN 1008:2002, citada na Tabela 4.1 ( ver página 75).
Como regra, qualquer água com pH (grau de acidez) entre 6,0 e 8,0, sem sabor salino ou salobro é adequada ao uso, e a coloração ou odor não necessariamente implicam em dizer que existem substâncias deletérias.

4.4 A água de lavagem de betoneira pode ser utilizada como água de amassamento?
Resp.: A água utilizada para lavagem dos caminhões-betoneira é satisfatória para uso como água de amassamento (devido aos sólidos serem os próprios constituintes do concreto), desde que, obviamente tenha sido aprovada para uso inicial. A ASTM 94-05 permite o uso de água de lavagem, mas é claro que diferentes cimentos e aditivos não devem ser misturados.

4.6 Quais são as exigências para a água a ser utilizada para a cura do concreto?
Resp.: Em geral, a água satisfatória para amassamento também é adequada para a cura (ver Capítulo 10). Entretanto, ferro ou matéria orgânica podem causar manchamento, em especial se a água flui lentamente sobre o concreto e evapora rapidamente. Em alguns casos, a ocorrência de descoloração não é importante e, sento assim, qualquer água adequada ao amassamento ou mesmo de qualidade um pouco inferior é aceitável para a realização de cura. É essencial que a água de cura seja isenta de substâncias que ataquem o concreto endurecido, por exemplo, águas que contenham CO2 livre. O fluxo de água, formado por degelo ou condensação que contenha um pequeno teor de CO2 dissolve o Ca(OH)2 e causa erosão superficial. A cura com água do mar pode causar ataque às armaduras.

4.7 A água potável é sempre adequada para o uso como água de amassamento?
Resp.: O critério de potabilidade da água não é absoluto, pois a água potável pode ser inadequada como água de amassamento quando contiver uma alta concentração de sódio e potássio, e existe o risco de reação álcali-agregado (ver página 267).

4.8 Por que a preocupação com o teor de sólidos na água de amassamento?
Resp.: Em muitas especificações, a qualidade da água é definida por uma cláusula que estabelece que a água potável é adequada para uso em concreto.
Essa água muito raramente contém sólidos dissolvidos acima de 2000 partes por milhão (ppm) e, em geral, menos que 1000 ppm. Para uma relação água/cimento, em massa, igual a 0,5, isso representa uma quantidade de sólidos igual a 0,05% sobre a massa de cimento; portanto, qualquer efeito dos sólidos comuns (considerados como agregados) será pequeno. Caso o teor de silte seja maior que 2000 ppm, é possível reduzi-lo pela colocação da água em um tanque de decantação antes do uso. Em resumo a preocupação com o teor de sólidos na água de amassamento é devida a possível influência (prejudicial ou benéfica) que estes sólidos podem ter sobre a massa de cimento.

4.9 Quais são os riscos de utilização de água do mar como água de amassamento?
Resp.: Eventualmente, o uso de água do mar como água de amassamento precisa ser considerado. A água do mar tem, tipicamente, uma salinidade total de 3,5% (sendo 78% dos sólidos dissolvidos NaCl e 15% MgCl2 e MgSO4). Essa água resulta em uma resistência inicial um pouco maior, mas menor nas maiores idades. A perda de resistência é geralmente menor que 15% e pode, portanto, ser tolerada. Os efeitos no tempo de pega não são claros, mas são menos relevantes se a água for aceitável em relação aos aspectos de resistência. Contudo, as normas britânicas, americanas e brasileiras fazem exigências em relação à resistência e ao tempo de pega.
A água do mar (ou qualquer água contendo grandes quantidades de cloretos) tem a tendência de causar umidade constante e eflorescências (ver página 263). Essa água não deve ser utilizada onde a aparência do concreto seja importante ou onde haverá a aplicação de acabamento em gesso.
No caso de concreto armado, a água do mar aumenta o risco de corrosão da armadura especialmente em países tropicais (ver página 269). Tem sido verificada a corrosão em estruturas expostas ao ar úmido quando o cobrimento de armadura é inadequado ou o concreto não é suficientemente denso, pois, dessa maneira, na presença de umidade, pode ter início a ação corrosiva dos sais residuais. Por outro lado, quando o concreto armado está permanentemente em água, seja água do mar ou doce, o uso de água do mar na mistura parece não ter efeitos danosos. Entretanto, na prática, considera-se desaconselhável o uso de água do mar para amassamento.

terça-feira, 2 de junho de 2015

quinta-feira, 14 de maio de 2015

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Respostas para o Livro de Tecnologia do Concreto de A.M. NEVILLE / J.J. BROOKS Capítulo 02

ESSAS RESPOSTAS FORAM RETIRADAS DO LIVRO TECNOLOGIA DO CONCRETO DOS AUTORES A. M. NEVILLE & J. J. BROOKS. LEMBRANDO QUE QUANDO EU QUERO DIZER RETIRADAS, QUERO DIZER QUE FORAM COPIADAS DO LIVRO. A MIM(LEONARDO MADEIRA) COUBE APENAS O TRABALHO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E DE PROCURA DAS RESPOSTAS.

PROBLEMAS

2.1- Como o calor de hidratação do cimento pode ser reduzido?
Resposta: Para os cimentos Portland usuais, cerca de metade do calor total é liberado entre 1 a 3 dias, cerca de 3/4 em 7 dias e aproximadamente 90% em 6 meses. Na realidade o calor de hidratação depende da composição química do cimento e é quase igual à soma do calor de hidratação em cada composto puro hidratado separadamente. Ao reduzir as proporções de C3A e C3S, o calor de hidratação(e a velocidade de liberação) do cimento pode ser reduzido.

2.2- Quais são os principais produtos de hidratação do cimento de elevado teor de alumina?
Resposta: Os principais compostos cimentícios são aluminatos de cálcio: CA e C5A3(ou C12A7). Outras fases presentes são o C6A4.FEO.S e C6A4MgO.S isomorfo, enquanto o C2S(ou C2AS) não soma mais que um pequeno percentual. Existem outros compostos secundários, mas não existe cal livre e, portanto, a expansibilidade nunca é um problema. A hidratação do CA resulta na formação de CAH10 e uma pequena quantidade de C2AH8 e gel de alumina(Al2O3.aq). Com o tempo, os cristais hexagonais de CAH10 tornam-se cristais cúbicos de C3AH6 e gel de alumina. Essa transformação, conhecida como conversão, é acelerada por temperaturas elevadas e uma elevada concentração de cal ou aumento da alcalinidade. Acredita-se que o produto da hidratação do C5A3 seja o C2AH8. Como mencionado anteriormente(ver pg. 35), o cimento de elevado teor de alumina é altamente satisfatório na resistência ao ataque por sulfatos devido, principalmente, à ausência de Ca(OH)2 nos produtos de hidratação. Entretanto, misturas magras são muito menos resistentes a sulfatos e a resistência química também diminui drasticamente após a conversão.

2.3-Existe alguma relação entre as propriedades cimentantes e o calor de hidratação do cimento?
Resposta: A finura do cimento afeta a taxa de liberação, mas não o total de calor liberado, que pode ser controlado no concreto pela quantidade de cimento na mistura(riqueza). Deve ser destacado que não existe relação entre o calor de hidratação e as propriedades cimentantes dos compostos individuais.

2.4-Por que são necessários ensaios em cimento em uma fábrica de cimento?
Resposta: A qualidade do cimento é fundamental para a produção de um bom concreto; portanto, a fabricação de cimento requer um rígido controle. Inúmeras verificações são feitas no laboratório da fábrica de cimento para assegurar que ele tenha a qualidade desejada e atenda às exigências das normas. Também é recomendável que o comprador ou um laboratório independente realize ensaios de aceitação periódicos ou examine as propriedades de um cimento a ser utilizado para algum propósito especial.
No Brasil, as determinações das exigências químicas estão normalizadas pelas normas NBR NM 10:2012; 11-1:2004; 11-2:2009; 12:2004; 18:2012; 19:2004; 20:2009; 21:2004; 22:2004; 124/2009 e 125:1997.

2.5-Quais são as causas de expansibilidade do cimento?
Resposta: É essencial que a pasta de cimento, após a pega, não sofra uma grande alteração de volume. Um limite estabelecido é que não deve haver expansão significativa em casos em que existam restrições, pois isso pode causar a desagregação da pasta de cimento endurecida. Essas expansões podem ser causadas devido às reações de cal livre, magnésio e sulfato de cálcio, e os  cimentos que apresentam esse tipo de expansão são classificados como expansivos.
A cal livre está presente no clínquer, intercristalizada com outros compostos e, em função disso, hidrata-se muito lentamente, ocupando um volume maior que óxido de cálcio livre original. A cal livre não pode ser determinada pela análise química do cimento por não ser possível distinguir entre o CaO que não reagiu e o Ca(OH)2 produzido pela hidratação parcial dos silicatos quando o cimento é exposto ao ar.
O magnésio(MgO) reage com água de maneira similar ao CaO, mas somente sua forma cristalina tem uma reação deletéria que causa expansibilidade.
O sulfato de cálcio é o terceiro composto causador de expansão, pela formação de sulfatoaluminato de cálcio(etringita) devido à reação com o sulfato de cálcio excedente(não utilizado pelo C3A durante a pega).















sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Cálculo Vetorial

  • Abaixo segue o link da "página inicial" do curso MAT36(Cálculo Vetorial) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (famoso ITA). Lembrando que é a partir dessa página que vc irá encontrar os conteúdos interessantes a partir dos quais vc poderá aprender essa parte fascinante do Cálculo.

Página principal de conteúdos didáticos do curso de Cálculo Vetorial

A CIÊNCIA PRECISA DE PIRATARIA