terça-feira, 30 de junho de 2015

Respostas para o Livro de Tecnologia do Concreto de A.M. NEVILLE / J.J. BROOKS Capítulo 04

ESSAS RESPOSTAS FORAM RETIRADAS DO LIVRO TECNOLOGIA DO CONCRETO DOS AUTORES A. M. NEVILLE & J. J. BROOKS. LEMBRANDO QUE QUANDO EU QUERO DIZER RETIRADAS, QUERO DIZER QUE FORAM COPIADAS DO LIVRO. A MIM(LEONARDO MADEIRA) COUBE APENAS O TRABALHO DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTO E DE PROCURA DAS RESPOSTAS.


4.2 Como o teor de sólidos na água é expresso?
Resp.: O teor de sólidos na água é expresso em ppm (partes por milhão) que, nesse contexto, é o mesmo que mg/L (miligramas por litro).

4.3 Especifique a água para ser utilizada como água de amassamento do concreto.
Resp.: A NBR 15900-1:2009 estabelece os requisitos para a água ser adequada ao preparo do concreto. Segundo essa norma, em função do tipo de água, é possível verificar se ela é adequada ao uso em concreto. A água de abastecimento público é considerada adequada, sem a necessidade de ensaios. A água de fontes subterrâneas, natural de superfície, captação pluvial e residual industrial pode ser utilizada, desde que ensaiada. A água salobra somente pode ser utilizada em concreto simples. A água de esgoto e a proveniente de esgoto não tratado são adequadas para uso em concreto. A água recuperada de processos de preparo de concreto pode ser utilizada, desde que atenda a uma série de critérios estabelecidos pela norma. Essa norma estabelece, entre outros, requisitos em relação à presença de óleos, matéria orgânica, odor, etc. Em relação às propriedades químicas, limita o teor de cloretos, sulfatos e álcalis aos mesmos valores da BS EN 1008:2002, citada na Tabela 4.1 ( ver página 75).
Como regra, qualquer água com pH (grau de acidez) entre 6,0 e 8,0, sem sabor salino ou salobro é adequada ao uso, e a coloração ou odor não necessariamente implicam em dizer que existem substâncias deletérias.

4.4 A água de lavagem de betoneira pode ser utilizada como água de amassamento?
Resp.: A água utilizada para lavagem dos caminhões-betoneira é satisfatória para uso como água de amassamento (devido aos sólidos serem os próprios constituintes do concreto), desde que, obviamente tenha sido aprovada para uso inicial. A ASTM 94-05 permite o uso de água de lavagem, mas é claro que diferentes cimentos e aditivos não devem ser misturados.

4.6 Quais são as exigências para a água a ser utilizada para a cura do concreto?
Resp.: Em geral, a água satisfatória para amassamento também é adequada para a cura (ver Capítulo 10). Entretanto, ferro ou matéria orgânica podem causar manchamento, em especial se a água flui lentamente sobre o concreto e evapora rapidamente. Em alguns casos, a ocorrência de descoloração não é importante e, sento assim, qualquer água adequada ao amassamento ou mesmo de qualidade um pouco inferior é aceitável para a realização de cura. É essencial que a água de cura seja isenta de substâncias que ataquem o concreto endurecido, por exemplo, águas que contenham CO2 livre. O fluxo de água, formado por degelo ou condensação que contenha um pequeno teor de CO2 dissolve o Ca(OH)2 e causa erosão superficial. A cura com água do mar pode causar ataque às armaduras.

4.7 A água potável é sempre adequada para o uso como água de amassamento?
Resp.: O critério de potabilidade da água não é absoluto, pois a água potável pode ser inadequada como água de amassamento quando contiver uma alta concentração de sódio e potássio, e existe o risco de reação álcali-agregado (ver página 267).

4.8 Por que a preocupação com o teor de sólidos na água de amassamento?
Resp.: Em muitas especificações, a qualidade da água é definida por uma cláusula que estabelece que a água potável é adequada para uso em concreto.
Essa água muito raramente contém sólidos dissolvidos acima de 2000 partes por milhão (ppm) e, em geral, menos que 1000 ppm. Para uma relação água/cimento, em massa, igual a 0,5, isso representa uma quantidade de sólidos igual a 0,05% sobre a massa de cimento; portanto, qualquer efeito dos sólidos comuns (considerados como agregados) será pequeno. Caso o teor de silte seja maior que 2000 ppm, é possível reduzi-lo pela colocação da água em um tanque de decantação antes do uso. Em resumo a preocupação com o teor de sólidos na água de amassamento é devida a possível influência (prejudicial ou benéfica) que estes sólidos podem ter sobre a massa de cimento.

4.9 Quais são os riscos de utilização de água do mar como água de amassamento?
Resp.: Eventualmente, o uso de água do mar como água de amassamento precisa ser considerado. A água do mar tem, tipicamente, uma salinidade total de 3,5% (sendo 78% dos sólidos dissolvidos NaCl e 15% MgCl2 e MgSO4). Essa água resulta em uma resistência inicial um pouco maior, mas menor nas maiores idades. A perda de resistência é geralmente menor que 15% e pode, portanto, ser tolerada. Os efeitos no tempo de pega não são claros, mas são menos relevantes se a água for aceitável em relação aos aspectos de resistência. Contudo, as normas britânicas, americanas e brasileiras fazem exigências em relação à resistência e ao tempo de pega.
A água do mar (ou qualquer água contendo grandes quantidades de cloretos) tem a tendência de causar umidade constante e eflorescências (ver página 263). Essa água não deve ser utilizada onde a aparência do concreto seja importante ou onde haverá a aplicação de acabamento em gesso.
No caso de concreto armado, a água do mar aumenta o risco de corrosão da armadura especialmente em países tropicais (ver página 269). Tem sido verificada a corrosão em estruturas expostas ao ar úmido quando o cobrimento de armadura é inadequado ou o concreto não é suficientemente denso, pois, dessa maneira, na presença de umidade, pode ter início a ação corrosiva dos sais residuais. Por outro lado, quando o concreto armado está permanentemente em água, seja água do mar ou doce, o uso de água do mar na mistura parece não ter efeitos danosos. Entretanto, na prática, considera-se desaconselhável o uso de água do mar para amassamento.

terça-feira, 2 de junho de 2015

A CIÊNCIA PRECISA DE PIRATARIA